segunda-feira, 26 de maio de 2008

queria eu ter uma varinha.

apesar do pobre coitado não ter nada a ver com a história, sinto vontade de feri-lo.
quem sabe tocar em uma ferida velha, aquela que bem sei eu! ah, seria ótimo perguntar de forma impertinente sobre aquela marca ali, tão aparente, aquela alí ó, não adianta esconder!
poderia fazer isso de modo lento, começando como quem nao quer nada, e ZAP!
como estou sádico.
mas... ele não tem culpa de nada, o coitado, vítima.

como sou sujo.

tentaria justificar a minha sujeira, dizer que aquele encardido ali foi deixado por tal pessoa no caminho da vida.
mas estaria me enganando. nao me limpo por que nao quero, por que é mais comodo assim. sou o ser do comodismo.

na verdade, chama-se a isso cano de escape.
minhas idéias de tão idealizadas estão no pedestal mais alto, não podem mais ser feridas nem escutar os meus desaforos de indignação.
resta-me mesmo é descontar a raiva nos coitados.



engraçado como sempre que escrevo aqui, parece que estou tendo déjà-vus. acabei de ter um.

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